Estávamos aliviados pelo último Ministro da Educação Ricardo Vélez Rodríguez ter sido demitido, depois de tantas trapalhadas e absurdos realizados em tão pouco tempo. Evidentemente estávamos com receio do novo Ministro Abraham Weintraub, uma vez que ele não é um especialista em educação, mas sim um economista e como o anterior, infelizmente, acredita mais em teorias da conspiração do que na educação. Não o conheciamos, então nada foi falado sobre ele.
Porém O Ministro e o Presidente da República Jair Bolsonaro querem acabar com os cursos gratuitos de filosofia e sociologia em universidades federais:
Bolsonaro defende proposta do ministro da Educação de tirar dinheiro de cursos de Filosofia e Sociologia.
Segundo o presidente, a função do governo é “respeitar o dinheiro do contribuinte, ensinando para os jovens a leitura, escrita e a fazer conta”.
História, Filosofia e Sociologia são disciplinas fundamentais para o desenvolvimento do pensamento crítico. Sem contar que os maiores matemáticos da história eram também filósofos.
Além da proposta do presidente ser um total absurdo, sua justificativa é muito pior, ele quer “economizar” em uma das áreas mais importantes da vida de uma pessoa: a Educação e quer fazer isso de forma medíocre, pois a filosofia e a sociologia não representam nenhum 1% dos gastos com educação, que já está bem defasada inclusive e depois querendo dizer que estas matérias não são importantes e que temos que investir em um ensino mais “prático” voltado para cursos de leitura e escrita, o que visivelmente ele sim necessita.
É bom que entendamos que o presidente da república, apesar de ter o “maior cargo da nação”, não é o dono do país e não pode governar o Brasil como se fosse sua casa. Seus desejos, interesses, visão e busca pessoal, não podem ser colocados a frente do seu trabalho que é governar para todos os brasileiros e saber que estamos em um país plural! Não devemos permitir que Bolsonaro faça o que quiser com a Educação brasileira e é hora de nos levantarmos e combater este tipo de erro!
O Brasil investe muito menos do que deveria em educação, O Brasil não valoriza os professores, o Brasil não paga bons salários para os professores, não leva a educação a sério. O ponto fundamental é melhorar o salário do professor, é nisso que o presidente deveria estar interessado se sua prioridades fosse a educação. De fato, ele deveria parar de procastinar na internet e trabalhar, é isso que esperamos e precisamos!
Caso o presidente queira pensar em economia, ele poderia começar propondo o corte de dezenas de benefícios e regalias que os Três Poderes possuem, que as Forças Armadas possuem e em suas próprias regalias que sequer necessita.
Será que é realmente nisso que ele está interessado? Ou seria uma ordem de seu guru: “filósofo” (sem formação universitária e magoado com a universidade) Olavo de Carvalho? Cabe perguntar, pois a questão gera muita dúvida. Este é um projeto de governo ou de poder pessoal? reduzir o senso crítico é uma tática conhecida!
Não vamos permitir! Vamos nos mobilizar para evitar isso!
Assine o nossa petição no Change.org (Já somos muitos, mas precisamos de mais pessoas para ser contra este absurdo):
Fábio Fleck
Fábio Fleck é Músico multi-instrumentista, Consultor em Mídias e em Tecnologia da Informação. Graduado em Análise e Desenvolvimento de Sistemas pela Universidade Norte do Paraná, Pós Graduando em MBA – Master of Business Administration em Negócios Digitais. Universidade Positivo. Web Master e Web Designer pela Q.I. Informática. Possui Certificação Internacional ITIL pela EXIN Austrália. Atua como Coordenador de TI na Municred. Foi Coordenador de Renovação Política do Movimento Acredito – RS, Líder do Movimento Mais. Filiado ao PSB. Cofundador e Coordenador do CEIFH – Centro de Estudos Independente Filosofia Hoje, membro do CEFA – Centro de Estudos de Filosofia Americana. Colunista do Blog Filosofia e Cultura – coletivo de autores criado pelo filósofo Paulo Ghiraldelli Jr. Participante ativo em discussões de temas como Política, Cultura, Música e Tecnologia. Agora um contribuinte para a melhoria do debate político da cidade de Porto Alegre – RS.
Deixe uma resposta